sábado, 1 de setembro de 2012

Crônica de Sábado

O que fazer numa noite de sábado?

Aposto que não sou o único que se pergunta isso. Não digo hoje, ou todos os sábados desde que foram criados, mas pelo menos uma vez ou outra todo mundo já se fez essa pergunta. O que fazer numa noite de sábado?

Não é como se tivesse muitas opções, de qualquer modo. Afinal, não vivo em nenhuma grande metrópole, com 15 opções de cinema, 4 teatros e 50 casas de show de diferentes estilos e público oferecendo diversas opções, seja com bandas ao vivo ou discotecagem, para todos os gostos musicais. Não, não moro numa metrópole dessas.

Estou em Bauru, onde a base da diversidade noturna se dá em pão, rosbife, queijo, picles e tomate.

E, lógico, festas em república.

Essa talvez seja uma das poucas vantagens de se morar numa cidade universitária no interior. Você não tem bons cinemas com uma grande variedade de filmes além dos mais novos enlatados de Hollywood, ou uma nova encenação teatral a cada semana (isso quando a cidade em questão ainda possui um teatro), ou mesmo bons shows de bandas que oferecem uma gama maior de diversidade musical além dos hits da rádio e as mesmas bandas cover de sempre. Não, muito pelo contrário. Apesar do errôneo senso comum de achar que o estudante universitário está atrás de novos horizontes, novas tendências culturais, novas fronteiras para seu conhecimento. A bem da verdade, umaa boa parte deles está satisfeito em assistir o último filme do Stallone ou ver repetidas vezes a mesma banda cover de Metallica em sua casa de shows preferida. Mas, se tem uma coisa que é comum em qualquer cidade com universitários, é a paixão por festas.

E elas existem aos borbotões.

Praticamente todo dia pode-se encontrar uma festa nova, o que é algo ótimo pra quem quer se divertir em cidades que, normalmente, não possuem quase nenhuma opção de lazer. E uma boa alternativa para aqueles com pouca grana. Porque, se tem uma coisa que é fato nas festas universitárias, é que elas costumam oferecer o mesmo tipo de música e bebida que se costuma encontrar em qualquer balada, com a vantagem de ser mais barato. Tudo bem que a vodka é de qualidade duvidosa e você acaba esbarrando sempre nas mesmas pessoas que você encontra todos os dias, mas, hey! Reclamar do que por dez conto o open bar?
Com pouco mais de 10 reais no bolso, o jeito é procurar algumas dessas festas. Eltricachaça....não, essa foi quinta....Godfather, festa da máfia, parece legal...não, foi sexta....o que que tem pra sábado....? Ahá! Festa na Risca-Faca. Bregisca...? Festa brega...? Falcão, Magal e Biafra...? Hmmm....é, acho que essa noite de sábado merece a liberação do brega interior.

Por favor, gostaria de uma pizza marguerita e uma Coca dois litros.”

Mais alguma coisa?”

Não, só isso.”

Porque não existe nada mais brega do que ficar em casa de cueca, comendo pizza, tomando Coca e vendo filme do Van Damme.

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